21 de maio de 2008. Nesse dia me tornei cidadão brasiliense do jeito mais extremo em que isso pode acontecer. Nasceu meu filho Miguel, no hospital – ora veja – Brasília, no Lago Sul. 15° 50’ 45” S / 47° 52’ 56” W. Tenho um filho candango e tropical.
Escolher a cidade em que se vai ter um filho não é uma coisa usual na vida das pessoas. A nós foi dada essa oportunidade e aqui estamos.
Às vésperas de completar 50 anos, apesar do caos no trânsito e da interminável lista de desrespeito a seu projeto urbanístico, a cidade ainda tem jeito de futuro.
Para as gerações anteriores a nossa, era o fim-do-mundo do vir a ser. Alguns dos funcionários públicos que tiveram de ser arrancados à força do Rio de Janeiro hoje são nossos vizinhos. Quem acreditou ou não teve mais remédio, desfila seus cabelos brancos (e de tantas outras cores) pela cidade. Esses são os mesmos que viram os delírios de grandeza gestados no pleno exercício da democracia, sonhados em concreto armado e surpresa virarem, em poucos anos, o cenário para o desfile de lúgubres generais e seu tempo estranho transposto para a vastidão do Planalto e daí para o país.
Para as pessoas da minha geração, por muitos anos, Brasília foi sinônimo de milico, burocracia e endereços incompreensíveis, para logo retomar sua vocação de esperança, tantas vezes defraudada. Mas pelo menos depois de um tempo foi porque assim o quisemos.
A cidade mantém esse olhar otimista, essa força que vem de ser feita por gente de cada canto do país, que acredita que o futuro deve ser sempre melhor que o passado.
Por mais difícil que tudo pareça, por aqui vai passar o jeito de resolver nossas mazelas. E é aqui que meu filho vai começar a ser brasileiro.
Escolher a cidade em que se vai ter um filho não é uma coisa usual na vida das pessoas. A nós foi dada essa oportunidade e aqui estamos.
Às vésperas de completar 50 anos, apesar do caos no trânsito e da interminável lista de desrespeito a seu projeto urbanístico, a cidade ainda tem jeito de futuro.
Para as gerações anteriores a nossa, era o fim-do-mundo do vir a ser. Alguns dos funcionários públicos que tiveram de ser arrancados à força do Rio de Janeiro hoje são nossos vizinhos. Quem acreditou ou não teve mais remédio, desfila seus cabelos brancos (e de tantas outras cores) pela cidade. Esses são os mesmos que viram os delírios de grandeza gestados no pleno exercício da democracia, sonhados em concreto armado e surpresa virarem, em poucos anos, o cenário para o desfile de lúgubres generais e seu tempo estranho transposto para a vastidão do Planalto e daí para o país.
Para as pessoas da minha geração, por muitos anos, Brasília foi sinônimo de milico, burocracia e endereços incompreensíveis, para logo retomar sua vocação de esperança, tantas vezes defraudada. Mas pelo menos depois de um tempo foi porque assim o quisemos.
A cidade mantém esse olhar otimista, essa força que vem de ser feita por gente de cada canto do país, que acredita que o futuro deve ser sempre melhor que o passado.
Por mais difícil que tudo pareça, por aqui vai passar o jeito de resolver nossas mazelas. E é aqui que meu filho vai começar a ser brasileiro.
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:~)
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